Mais uma vez,
S. Pedro “foi amigo” e deu tréguas na chuva que se verificou nos últimos dias.
O passado sábado amanheceu solarengo e com condições propícias para a
realização da tradicional matança do porco. Durante a tarde a chuva e o granizo
voltaram mas, como é pessoal desenrascado, colocou-se um toldo que protegeu das
intempéries.
Foi um dia
trabalhoso onde ficou patente o bom “trabalho de equipa” da nossa terra.
Enquanto uns queimavam e limpavam o porco, outros trataram das gorduras, as tripas
e fizeram morcelas que foram degustadas mais tarde. Como sobrou bastante carne,
o David ainda a preparou, para que fosse utilizada em actividades futuras.
Ao mesmo
tempo, a Ti Glória da Marta amassou o pão e, mais tarde, a Jú deu-lhe forma
para ser levado ao forno. As mulheres contaram que, antigamente, o forno
laborava para cozer pão de diversas famílias, para se reconhecer o pão de cada
uma, eram feitos sinais. Estes passavam por um belisco feito na massa, por uma
cruz, uma picada com um garfo ou, um buraco feito com o dedo.
Estas fornadas
conjuntas funcionam ainda, já que as mulheres unem-se em duplas, compram os
ingredientes necessários e, com a ajuda de todas, fazem fornadas de bolos.
Foi um dia
árduo, mas não faltou animação! O Emanuel ainda tocou umas musiquinhas com o
seu acordeão e não faltaram uns pezinhos de dança.
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