sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Lagar de vinho no Ozendo

É uma recordação de infância de muitos, já que servia como palco de brincadeiras e não passa despercebido a quem passa na nova estrada que liga o Soito ao Sabugal, trata-se do lagar de vinho da Sra. Maria e Sr. Manuel Damião, este último funcionário da CP em Santa Apolónia.

É uma construção rústica, de alvenaria de granito, dois andares, tendo-se acesso ao andar superior através de vão de escadas. Encontra-se totalmente abandonado e coberto de silvas.

No piso inferior situam-se os tanques do lagar. São dois tanques de formato rectangular, com acesso do rés-do-chão através de degraus e com bicas que jorram para tanques, de menores dimensões, também de formato rectangular.

Já não há trave nem fuso da prensa, mas na parede junto aos tanques é possível observar o local onde se situava o mecanismo de prensagem e marcas deste verificam-se também num dos tanques. No chão é ainda possível observar o peso, de formato circular.

Este lagar de família recebia as uvas da vinha que rodeava o edifício. O terreno foi lavrado nos anos 50, com 7 juntas de vacas, para fazer a plantação da referida vinha, sob as ordens do Ti Artur, que era o capataz no local.

No decorrer das vindimas, que era um dia bastante importante para a família Damião, pagava-se a jornada para quem quisesse trabalhar. No início pagavam-se 12,50 escudos.

Depois de feito o vinho, fazia-se o pé com uma torcida de palha com homens a puxar. O vinho era vendido a particulares e taberneiros.


(Informações recolhidas junto do Manel Zé Carriço)













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