sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ozendo nas Inquirições Paroquiais de 1758

Em 1758, a mando de D. José I e do Marquês de Pombal, foram realizados inquéritos a todas as Paroquias do Reino. As questões eram de âmbito bastante variado e questionavam por exemplo, sobre o número de habitantes, sobre a existência de igrejas, pontes, Misericórdias, sobre a existência ou não de Feiras, de Romagens de registo, estragos feitos pelo Terramoto de 1755, entre outras.

Às perguntas sobre a Paróquia de Quadrazais, respondeu o Padre Paulo Correia da Costa, a 18 de Abril de 1758, que diz: “ Vão respondidos os itens constantes e expressos no interrogatório do folheto junto, com a exactidão de que fui capaz e se, de algum modo, não fui exacto, não o fiz por malícia, mas poderia ter havido negligência, pelo que me confesso aberto e receptivo a qualquer correcção que justamente mereça.”

No que refere ao Ozendo, a nossa Terra vem mencionada na pergunta 6:

“… e tem anexa uma aldeia chamada Casas do Ouzendo, aldeia que tem sessenta e dois fogos, sendo cento e sessenta e duas pessoas adultas e trinta e duas menores, prefazendo, na totalidade, cento e noventa e quatro pessoas…” Ou seja, em 1758, o Ozendo era conhecido por “Casas do Ousendo”, teria cerca de 62 casas e 194 habitantes.



 Na pergunta que se refere às Igrejas existentes, responde assim o Pároco de Quadrazais:  “ …A freguesia tem sete capelas  ou ermidas… A capela das casas do Ouzendo é da invocação de S. Sebastião que protege e guarda aquela aldeia.” Ainda hoje o patrono do Ozendo é S. Sebastião.


No dia do Terramoto de 1755, não deve o Ozendo ter sofrido algum estrago, “…No terramoto de 1755, este povo, por misericórdia divina, não sofreu qualquer ruína, nem consta que, por estas vizinhanças, se padecessem, a não ser na Cidade de Coria, Reino de Castela…onde, no dito dia e ano, caiu a Torre da Catedral e se conta matou alguma gente”.


Estas informações foram retiradas de um trabalho realizado pelos Mordomos das Festas de Nossa Senhora de Fátima, de 1999 (Maria José, Graciete, Manuel Gonçalves e Júlio Valentim). Obrigado Sr. Júlio pela sua cedência para a realização deste artigo.




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